Como era

Obras de Peter Zwetkoff e seus contemporâneos tiroleses

O projeto expositivo “Memórias das Memórias” aborda a cultura da memória a partir do exemplo de um campo de trabalho forçado nazista em Schwaz, que após a libertação serviu como campo de detenção para nazistas e recebeu o nome do local francês de Oradour, onde como ação de represália da Waffen-SS em 10 de junho de 1944 ocorreu um massacre da população civil com 642 mortos. Com duas composições – “Como era” e “Ponto de Transbordo” – o compositor tirolês Peter Zwetkoff, décadas após a libertação em 1945, se posicionou contra a indiferença da comemoração ritualizada. Othmar Costa, chefe do setor de Música Erudita da ORF-Rádio Tirol, um companheiro de Zwetkoff e iniciador de uma antologia discográfica de suas obras, escreveu em 1995 sobre “Ponto de Transbordo”: “O trabalho mais sucinto com a maior concentração de suas intenções composicionais foi alcançado por Peter Zwetkoff na Música Absoluta Ponto de Transbordo 1993. O objetivo da música: tornar consciente, gerar atenção contra a mornidão e a indiferença.” Zwetkoff foi ele mesmo uma vítima do regime nazista e atuou na resistência. A partir de 1954, trabalhou principalmente para a SWF Baden-Baden e se estabeleceu especialmente como compositor de radionovelas.

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Créditos da imagem: Birgit Raitmayr